02 setembro 2008

O kueê? Que dizes José Pinto de Sousa?

Que o Zé da Rua fale do modo como costuma falar, é natural. Faz parte da natureza do Zé. Que o José Pinto de Sousa o diga soa mal. Porque o senhor JPS tem obrigação de definir um programa político. O busílis está precisamente nisso. Não há política educativa em Portugal. O governo limita-se a gerir orçamentos. Sempre com os olhos postos na poupança, sobretudo quando se trata de agentes educativos. Pois em se tratando de cimento ou da soit disant tecnologia, a coisa pia de outra maneira (é socialmente mais rentável).
Disse o senhor José Pinto de Sousa que "O tempo da facilidade acabou". Que facilidade? Deve estar enganado. Que eu me recorde em ano nenhum houve facilidade. Sempre houve problemas. Sempre. E continuam. Quem quer que os filhos aprenda e tem possibilidades económicas escolhe. Quem quer que os filhos aprenda e não tem tantas possibilidades económicas ajuda-os e às vezes aposta em reforços como explicações. A maralha sempre esteve e continuará indiferente. Não teve nem tem outras perspectivas que não seja a de uns trocados. Está-se nas tintas que profissionais cuja formação foi em grande parte paga pelo dinheiro dos contribuintes esteja ou não desempregada.
O senhor JPS, cuja formação profissional, como todos sabem, deixa muito a desejar (em tirando, claro, habilidade partidária para trepar) fala como o Zé porque, no fundo, é como o Zé. Não acredita que o país alguma vez melhore e tudo faz para salvaguardar a sua vidinha.
O Estado não contrata porque o governo define as regras. E as regras são claras: recursos humanos - poupar; obras, espectáculo, propaganda - gastar à grande. O resto, como o Zé e o JPS sabem, é retórica, é para inglês ver.

4 comentários:

Anónimo disse...

O orçamento para a educação (ensino pré-primário, básico e secundário) é enorme e perfeitamente suficiente para as necessidades.

Seja em equipamentos, seja na quantidade de recursos humanos, não há falhas para além do humanamente razoáveis, ie, não há situações perfeitas.

A candidatura à colocação como professor é livre. Por que é que o Estado tem que colocar em função do nº de candidaturas? Isso faz algum sentido?

Nem me parece ter discussão.

Gostava de ver posta a questão aos sindicalistas da Fenprof, pelos jornalistas em vez d estes fazerem figura de "pé de microfone".

Anónimo disse...

O tempo da facilidade acabou? Ainda bem, porque senão ainda apanhávamos com mais "espécies de engenheiros".
@jms: aprendeste hoje a fazer copy/paste? Ou são influências de "engenharia"?

Anónimo disse...

O orçamento é enorme???
Outro que come tudo o que provem da propaganda de pseudo-especialistas em economia.
Faça um favor à sua mente e procure na internet o Education at Glance 2008 e depois falamos...Vai ter uma bela surpresa...
A maior mentira do ano é: "Gastamos mais do que os outros paises em educação". Tem o meu voto...

Anónimo disse...

JMS: vê-se logo que não percebe nada da realidade do ensino; chega de disparates, portanto.