25 setembro 2008

Menino azul: novos episódios

Uma empresa ajudou financeiramente uma mulher. Por causa de uma criança. E aquilo que parecia uma banal história de solidariedade transformou-se numa macacada de série B. Porque a mulher acabou acusada pela empresa de vigarice. Ao que consta depois dessa mesma empresa ter subordado alguém da confiança da mulher para lhe roubar os documentos que comprovavam que o dinheiro recebido tinha sido aplicado no tratamento dos problemas da criança (Síndrome de Alagille e Tetratologia de Fallot), que ficou conhecida como Menino Azul.
A tal pessoa de confiança, que lhe roubou a documentação, diz ter recebido 25 mil euros da empresa de limpezas. Quanto dinheiro a empresa deu à senhora não sabemos, nem interessa. Mas importa saber que a empresa a meteu em tribunal e exigiu o reembolso dos montantes oferecidos (acrescido de juros? é bem provável que sim).
Os desatinos da mulher não se ficaram por aí. Diz ela “O povo tentou matar-me. Cuspiram-me na cara. Rasgaram-me os cheques do correio e fiquei sem dinheiro para comer. O Emanuel só comeu com a ajuda de vizinhos. Ninguém se preocupou com o meu filho, que ia tendo um ataque do coração, quando fui perseguida e pensei que me matavam”.
O comportamento do povo português sai mal no retrato, mesmo que o depoimento revele contradições. Pior ainda sai o homem que, cheio de remorsos, veio agora dizer que aquilo que disse era mentira.
Depois de cumprir pena de prisão por ter passado um cheque sem cobertura, diz que foi “fraco” e que agiu “por dinheiro”. Além dos documentos que tirou à mãe do “menino azul” para esta não os poder apresentar e defender-se das acusações, roubou-lhe ainda o passaporte, pois era a única prova de que tinha estado nos EUA. Afirma-se “arrependido” e diz que prefere ir novamente preso do que viver com “o peso na consciência” de ter estragado a vida “à melhor mãe que Portugal tem”. “Pensei várias vezes em suicidar-me. Prefiro morrer a ter de viver com o remorso de fazer isto ao Emanuel”.
Qualquer semelhança entre isto e uma telenovela é pura coincidência.

1 comentário:

helena de sousa disse...

parece que não sabem ler
quem levantou um processo foi a mãe e não a empresa
por isso que fique bem claro
quem tem que apresentar contas é a empresa e não a mãe
não é uma novela é uma realidade
e os culpados vão pagar.
pela maneira que esta noticia está exposto neste blog
só se pode ter uma serteza do autor anti-menino azul
pura inveja amas amãe sempre vençerá doia aquem doer