Era uma vez um planeta onde o CO2 era rei e senhor. Um dia, o primo Metano fartou-se de ser relegado para segundo plano e pôs-se a cuspir perdigotos no oceano. Os cientistas, pff, pff, enjoados com o cheiro, ficaram alarmados:
-Metano à vista!
O metano é 20 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono, enquanto gás de estufa, e muitos cientistas temem que esta libertação possa acelerar o aquecimento global numa reacção em cadeia gigante. O metano atmosférico causa um aumento das temperaturas que, por seu lado, aceleram o descongelamento da capa de "permafrost" que, em consequência, liberta mais metano para o ar.
O "permafrost" é o tipo de solo do Ártico, composto por terra, gelo e rochas congeladas.
Os depósitos de metano sub-aquáticos estão a ser libertados para a superfície sob a forma de bolhas de ar na região do Ártico, há medida que a região aquece e o gelo recua.
A Sibéria ainda corre o risco de se vir a tornar um paraíso de férias. E lá estará a imagem desse barbudo em frente ao pelotão de fuzilamento, que julgou que morria e acabou por se tornar um dos grandes prescrutadores do barro humano.
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