Há muito muito tempo, ou seja há dias, Portugal assistiu, sentado, ao susto dos fabricantes de medicamentos. Um ex-ministro da saúde vem agora dar o nome à coisa. Chama-se Correia de Campos e como foi corrido, pôs a boca no trombone. E a música já se faz ouvir.
"Por força de um agressivo marketing farmacêutico e por falta de informação própria e dos pacientes, nos serviços públicos de saúde prescrevem-se em excesso medicamentos e meios de diagnóstico, levando a um crescimento excessivamente rápido destas rubricas de despesa. Foi assim que Portugal se transformou no paraíso dos operadores na área farmacêutica."
“A evolução legislativa em saúde plasma a pressão das forças económicas e sociais que actuam no sector — profissionais, indústria, distribuição, instituições e função pública — e apenas em pequena parte os cidadãos destinatários.”
A saúde, em Portugal, é coisa para a população em geral, não para quem pode. O senhor ex-ministro di-lo clarmente: «Pessoas com notoriedade, conhecimentos, cultura, meios e amigos não são comparáveis à população em geral.» Essas, se tiverem posses vão ao estrangeiro.
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