O que é a política?
Poderíamos pensar que seria a luta por ideais ou a afirmação de projectos para o bem-estar de um país. Mas os ideais desapareceram e os projectos raramente passam de uma súmula de lugares comuns mais ou menos vagos.
Cada partido que ganha eleições e é convidado a chefiar o governo chega com ânsia de mostrar serviço, mas como lhe falta o essencial, ou seja, ideias, projectos, chega e esbarra com os orçamentos. Corta-se onde é mais fácil: nos salários. E para o fazer degrada-se o papel de quem trabalha para o Estado. Sempre com um sorriso nos lábios (para fazer de conta que está tudo bem). O pior é que a vida não começa nem acaba no Estado e quando se dá o caso de a procura ser grande, começam as chatices. Os privados podem pagar mais. Curiosamente, tantas vezes à custa do erário público.
O Estado não paga directamente por demagogia eleitoral, para pagar o dobro, o triplo ou mais agravando o défice que diz combater.
Os médicos são um bom exemplo disso. Alguns enchem-se e nós pagamos: porque pagamos impostos e pagamos ainda o que cobram. Somos duplamente prejudicados, recebendo sempre em troca o sorriso do primeiro-ministro (o melhor de sempre), do ministro que tutela o serviço (o melhor de sempre). Se por acaso a coisa dá para o torto, os sorrisos dão lugar a outros sorrisos e ninguém tem nada a ver com o problema. Ele é a crise, ele são os sindicatos... Bodes expiatórios nunca faltam. O que falta, uma vez mais, desde o início, política. Ideias. Projectos.
Aproximam-se as eleições e vamos poder ver como ninguém tem nada para propor a não ser mais daquilo que já temos.
António Arnaut teve um projecto: o serviço nacional de saúde. Bateu-se por ele. Mas para um Arnaut há dezenas de nulidades.
Poderíamos pensar que seria a luta por ideais ou a afirmação de projectos para o bem-estar de um país. Mas os ideais desapareceram e os projectos raramente passam de uma súmula de lugares comuns mais ou menos vagos.
Cada partido que ganha eleições e é convidado a chefiar o governo chega com ânsia de mostrar serviço, mas como lhe falta o essencial, ou seja, ideias, projectos, chega e esbarra com os orçamentos. Corta-se onde é mais fácil: nos salários. E para o fazer degrada-se o papel de quem trabalha para o Estado. Sempre com um sorriso nos lábios (para fazer de conta que está tudo bem). O pior é que a vida não começa nem acaba no Estado e quando se dá o caso de a procura ser grande, começam as chatices. Os privados podem pagar mais. Curiosamente, tantas vezes à custa do erário público.
O Estado não paga directamente por demagogia eleitoral, para pagar o dobro, o triplo ou mais agravando o défice que diz combater.
Os médicos são um bom exemplo disso. Alguns enchem-se e nós pagamos: porque pagamos impostos e pagamos ainda o que cobram. Somos duplamente prejudicados, recebendo sempre em troca o sorriso do primeiro-ministro (o melhor de sempre), do ministro que tutela o serviço (o melhor de sempre). Se por acaso a coisa dá para o torto, os sorrisos dão lugar a outros sorrisos e ninguém tem nada a ver com o problema. Ele é a crise, ele são os sindicatos... Bodes expiatórios nunca faltam. O que falta, uma vez mais, desde o início, política. Ideias. Projectos.
Aproximam-se as eleições e vamos poder ver como ninguém tem nada para propor a não ser mais daquilo que já temos.
António Arnaut teve um projecto: o serviço nacional de saúde. Bateu-se por ele. Mas para um Arnaut há dezenas de nulidades.
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