18 setembro 2008

Plástico mortal


Uma garrafa de 0,33 cl é vendida entre 0,60 a 1 euro. Um garrafão de cinco litros custa os olhos da cara se for adquirido no Arquipélago dos Açores. Ou seja, o negócio da água é altamente lucrativo. A água é muito mais cara do que a gasolina e ninguém faz barulho por causa disso. Pelos vistos, não é preciso.
E as notícias que já há algum tempo circulavam por correio electrónico chegam agora aos jornais. São preocupantes. O plástico mata. Mata lentamente. Grande parte do vasilhame usado pelas diferentes marcas de água usa plástico, pois sai-lhes mais barato do que o vidro. O problema é, pois, não só a carteira, como a saúde, a própria vida.

O bisfenol A (BPA), um químico usado no fabrico de muitas embalagens, garrafas de plástico e latas de comida, pode estar ligado ao aumento da prevalência de problemas cardíacos, de diabetes e de anormalidades nas enzimas hepáticas. Esta é a conclusão de um estudo publicado esta semana no Journal of the American Medical Association.

O BPA é utilizado na produção de plástico policarbonato, um material transparente e resistente ao impacto. Mais de dois milhões de toneladas métricas deste químico, que imita a forma como o estrogéneo actua no corpo humano, foram fabricadas em 2003, havendo anualmente um aumento de seis a dez por cento na procura.

Estudos feitos em animais mostram que este químico, mesmo em doses reduzidas, pode provocar alterações no cérebro dos fetos e recém-nascidos, na próstata, nas glândulas mamárias e modificar a idade de puberdade das fêmeas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se puder explicar esta coisa das "toneladas métricas"...

pisca de gente disse...

Caro Anónimo

Obrigado pela chamada de atenção. É erro, claro. Acontece muito por estas bandas e mal damos pela coisa corrigimo-la. Desta vez deixamos ficar. Modo de honrarmos os nossos leitores. E deixamos a fonte, que também não foi incluída:http://dn.sapo.pt/2008/09/18/ciencia/os_riscos_para_a_saude_plastico_garr.html