A crise é lixada. E quando se descobre alguma careca as fotografias desatam a tremer como varas verdes. Não é bonito ver-se a desproporção entre o vencimento e a renda de casa. E não o é num país onde há tanto rendimento social de inserção e onde os salários são baixos.
Que a situação não cria «problemos éticos» já sabíamos. Se criasse há muito teria prescindido da casa. E mostra bem como o «serviço público» é quase sempre entendido como «venha a nós o vosso reino».
Sinopse: «A vereadora do PS responsável Acção Social da Câmara de Lisboa, que até ao final do ano passado pagava 146 euros de renda à autarquia por uma casa de duas assoalhadas no centro da cidade, na Rua do Salitre, tem uma reforma de cerca de 3350 euros. Ana Sara Brito deu ontem uma conferência de imprensa para explicar uma situação que durou 20 anos e que "nunca pôs em causa" os seus "valores éticos". É por isso que não se demite: "Continuarei, apesar de alguns não o desejarem, com a mesma determinação, a trabalhar de acordo com o programa eleitoral."»
Que determinação é essa? A gente calcula.
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