Dinheiro não é problema quando se tem e em grande quantidade. Quando não se tem, é não só problema, como fonte de muitos problemas.
Depois dos sucessos e paraísos asiáticos, os problemas querem mostrar aos craques da bola económica que a globalidade é muito fotogénica e não olha a meios para aparecer no retrato (seja ele estático, como nas velhas fotos, seja animado e pixelizado para caber num telemóvel, num computador ou noutro suporte qualquer).
Os problemas adoram capturar tubarões, sejam eles economias florescentes ou grandes bancos. A chatice está em que quando o tubarão é apanhado, os peixinhos vão com ele e a coisa dói em muitos lados. Uma dor que os peixinhos não sentem logo, mas que começa a moer aos poucos, até se tornar insuportável como a dor de dentes.
O pescador pode fazer um sorriso que encha o écrã. E os peixinhos podem ficar sossegados, como estivesse tudo sobre controlo. Mas num mundo de especulações as notícias, mesmo que aparentemente inócuas, têm efeitos devastadores. Já pensaram que as vossas poupanças - se as têm - podem ir pelo cano abaixo? Ou que o valor do dinheiro pode disparar e acertar-nos em cheio nas pernas?
Ora digam lá que não é bom acreditar em milagres. Ou acreditar que a economia funciona por si só. O lucro, como todos sabemos, cai do céu. E hoje até é dia santo.
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