15 novembro 2008

Sobreviver a ameaças psicológicas subtis


A publicidade feita a bens tão simples como um iogurte generaliza a ideia de que o desempenho sexual de cada um deve ser perfeito, frequente e duradouro, mas a realidade será bem diferente. Apesar de as pessoas não o admitirem. Ou de só o confessarem em inquéritos, com a segurança do anonimato e sob garantia do segredo profissional de médicos ou psicólogos.

As pessoas estão cansadas de ter de cumprir os padrões mediatizados , inclusivé pelo cinema. Assim pensa Stuart Walton, um dos conferencistas de "As Regras da Atracção", na Culturgest.

Na sua opinião, há a tendência para "um espírito de contabilista" quanto à periodicidade dos actos sexuais. "Por que razão tem de ser problema a falta de sexo e a necessidade deste não pode ir e vir como qualquer apetite?"

As inibições do desejo sexual têm muitas origens. Desde falta de intimidade; dificuldades de comunicação entre o casal; tabus sobre a própria sexualidade, como, por exemplo, associações de sexo com pecado, com desobediência ou com punições; problemas no casamento (brigas, desentendimentos quanto ao que cada um espera do relacionamento); problemas hormonais; uso de certas drogas e remédios; doenças como diabetes, colesterol, alcoolismo, tabagismo; ejaculação precoce; disfunção eréctil; vaginismo; disfunção orgásmica.

O desejo, embora latente, esmorece sob pressão. Se para a maioria das pessoas "actividade sexual" significa relação sexual, para outras, sobretudo mulheres, pode simplesmente querer dizer ter o companheiro junto de si, tocar, agarrar, manifestar ternura.

Por isso, há cada vez mais gente a sentir falta de momentos românticos. Há quem viva esse romantismo virtualmente. Cada um escolhe o que mais lhe interessa, mas que tal um passeio por aqui?

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