A foto vem daqui, com a devida vénia
O que é que o governo pretende com o modelo de avaliação de professores? Ocupar chefes de redacção bacocos que dependem do governo para um qualquer tachito? Ou avaliar de facto o trabalho que os professores levam a cabo? Se assim é por que estabelecem tectos para excelentes? Isso não mostra logo que o objectivo primeiro, senão único, é limitar a massa salarial? Gente séria entrega-se a esse exercício com sanha de ditador?
Os programas são nacionais, mas a nação é feita de muitos bocados. E a realidade de cada escola é diferente. Se se quer de facto avaliar com rigor tem de se ter isso em conta, não é?
Ou será que o termo avaliar é tomado por muita gente apenas na dimensão de exlusão, de negação? Esse parece ser o entendimento de figuras baças e caricatas como um tal JLP, director de um jornal que nem ler documentos sabe (e ao qual Paulo Guinote responde no seu blogue).
Anos sucessivos de salazarismo e ditadura produziram gentinha que se dá mal com o rigor. O rigor exige tempo e ponderação. Avaliar não é nem nunca foi um mero acto burocrático, embora tenha sido isso que muitos aprenderam (porque aprenderam mal). E quando se fala de escola a ponderação é muito necessária, sob pena de atentados aos direitos constitucionais dos indivíduos. A ministra e o primeiro-ministro porque avaliaram mal o processo vêem-se agora a braços com uma tomada de posição que só tem duas opções: reconhecer o erro, parar esta avaliação e negociar; ou persistir no erro e afundar ainda mais a escola pública.
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