10 novembro 2008

A loucura


Há um tipo de pessoas que mal se vê com poder fica diferente.

Primeiro, aquilo do poder sobe-lhes à cabeça e incha-lhes o cérebro. Dizem baboseiras e têm comportamentos que mais parecem de crianças maleducadas do que de adultos com dois dedos de testa.

Segundo, ficam ceguinhas e surdas. Não vêem nem ouvem o que se passa mesmo à frente dos narizes. O que sempre lhes traz muitos amargos de boca (o poder desaparece depressa).

Terceiro, insistem no erro e, crianças malformadas, sobem o tom, tornando impossível o volte-face. Os ditadores são todos assim, mas a maior parte não morre por cair da cadeira.

Quarto, eram zés-ninguém até lhes terem dado poder. Voltam ao estatuto de nada mal os tiram do poder. Enquanto o têm preenchem o vazio interior com asneiras e uma vaidade que se nota a léguas.

E tudo para quê? Por meia dúzia de anos de uma toxicidade afim da dos alucinogéneos. O poder droga-os e eles, crianças mimadas, consomem-no em doses cada vez maiores até à overdose final.

Neste momento há em Portugal vários ministros atacados pelo vício. E secretários de estado, então, nem se fala. Tão intoxicados estão que já o desespero lhes sai por todos os poros. E é tanto e em tal grau que até se querem mostrar amigos daqueles que têm perseguido e maltratado com afinco.

Qual heroína, qual cocaína, qual ecstasy, o que está a dar mesmo é pertencer ao governo de Sócrates.

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