20 novembro 2008

A guerra dos números, à pressa

O Ministério usa as armas que pode. Faz o que fazem todos quanto têm de gerir: tentar levar a água ao seu moinho.
Avaliemos os procedimentos. Um e-mail da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE), em que se convida os docentes a apresentar os seus objectivos individuais através de uma ferramenta informática criada para tal. Poupa-se papel, logo é ecologicamente bom.
Para que se faz isto? Para que que o processo arranque e o ME disponha dos dados. De resto, garante que "não há nada de ilegal" na possibilidade de os professores preencherem os seus objectivos individuais, um dos primeiros passos do processo de avaliação, numa aplicação electrónica disponível no sítio na Internet da Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação.
A definição de objectivos deixa de ser discutida de forma directa entre avaliado e avaliador. Algo que só devia acontecer, nos termos da legislação em vigor, em entrevista do professor com o seu avaliador, devendo ficar arquivado na escola, no processo respectivo.
Assim, o ME salta por cima da lei e diz que não é ilegal. Insuficiente.
Os professores e educadores sabem que não existe qualquer obrigatoriedade legal de prazo para a entrega dos tais objectivos. Mas nem todos os professores sabem isso e habituados que estão a fazer o que o ME ordena, podem cair na esparrela. Este modo de entender a coisa com armadilhas é pouco dignificante e mostra que o ME não olha a meios para alcançar objectivos. Logo, os professores devem responder na mesma moeda, lutando pelos seus. Se assim for o ME mais uma vez sai derrotado. Mais um insuficiente.
Em resumo: não aprovado.
O governo começa a temer tanta reprovação e... (cenas daos próximos capítulos mais logo).

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