22 novembro 2008

Mulher bate no homem. Homem bate na mulher


Gosto muito de ti, pás, pás! Oh, como gosto de ti, pof, pof! À estalada e ao pontapé nos entendemos.
Ela lembra-se sempre que começamos a namorar há cinco meses e a primeira bofetada foi três dias depois. Ai como eu gosto dela.
Este será o tipo mais recorrente de violência física. Ele bate nela. Mas também há o inverso: ela bate nele.
E o que parece caricato, para não dizer absurdo, é o pão nosso de cada dia. Às vezes, o fim é trágico. Senão, veja-se: Cátia discutiu com o namorado, X. Aquilo foi um filme pegado. Na noite de quarta-feira terá ido a uma festa com o namorado e um grupo de amigos, nas redondezas. No final, por volta das 05.00, pararam numa bomba de gasolina. Cátia estava furiosa. Alguém a viu pontapear o Mercedes do namorado, aos gritos. A certa altura, terá agredido o jovem com uma cabeçada, partindo-lhe um dente. Entre discussões e agressões, o namorado decidiu ir para a viatura. Quando arrancava, Cátia lançou-se para o interior através da janela do condutor. Não se sabe o que se passou dentro do carro. Apenas que mais adiante o carro parou e Cátia saiu. O carro deu a volta para voltar ao posto de gasolina. Cátia atravessou a estrada para ir atrás dele, em direcção ao parque de uma bomba de gasolina, e nesse instante foi colhida por uma carrinha de uma empresa de panificação. Teve morte imediata. O acidente deu-se por volta das 05.30 em Vale Figueira, S. João da Talha, Loures. [in DN]

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