Isabel dos Santos, filha do Presidente angolano, entrou no capital do Banco Português de Investimento (BPI), adquirindo (por cerca de 164 milhões de euros) ao Banco Comercial Português a posição de 9,69 por cento que este detinha no grupo liderado por Fernando Ulrich.
Isabel dos Santos iniciou-se nos negócios em 1997 à frente da empresa Urbana 2000 que monopoliza um negócio de limpeza e saneamento de Luanda, com contratos anuais de 10 milhões de dólares. É proprietária da Geni, sociedade fundada com o brigadeiro Leopoldino Fragosos do Nascimento, chefe se comunicações da Presidência, tendo como outros sócios António Van-Dúnem, ex-secretário do Conselho de Ministros, e Manuel Augusto da Fonseca, do Gabinete juridico da Sonangol; em conjunto com a Portugal Telecom detem 50% da Unitel a maior operadora de telefones móveis angolana.
Esta licenciada em engenharia electrotécnica, que possui conhecimentos em gestão de empresas, depressa começou a vingar no mundo dos negócios, dominado pela "nomenklatura" do partido do poder, o MPLA. Em finais dos anos de 1990 entra no negócio dos diamantes, a segunda maior fonte de receitas depois do petróleo.
O seu poder de sedução é grande. Não espanta por isso que já a tenham apresentado como "uma boa empresária", "extremamente dinâmica e inteligente", "profissional" e, apesar de ser uma "dura negociante", é "correcta", além de "afável", "simpática" e "bonita".
Isabel dos Santos pode queixar-se de uns quantos que a vêem como a filha do presidente. Mas a verdade é que não fora essa filiação dificilmente a veríamos em certos negócios. Pela simples razão de que... não há almoços grátis.
2 comentários:
Nem mais!
Claro que é por ser competente! Nem outra coisa se iria pensar! O dinheiro do pai e a sua posição adquirida e mantida com a razão da força, nada ajudou! É preciso não conhecermos Angola e a máfia Angolana para acreditarmos no conto de fadas!
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