Aqueles que estavam abertos à negociação deixaram-se de tretas e pela primeira vez foram claros: «"está encerrado" o processo de negociações para este ano lectivo, pelo que o Governo aprovará em breve os diplomas que permitirão a aplicação do modelo este ano de forma simplificada. Jorge Pedreira apelou ainda aos sindicatos para aceitarem a "legitimidade democrática do Governo para governar".»
Contra isto, batatas. A dita legitimidade é... nenhuma. Mas para quem sempre tratou os professores como professorzecos, era tempo de mostrar que nunca estiveram interessados em alterar nada. O propósito sempre foi e continua a ser economicista: impedir que os professores sejam pagos condignamente. Mudar o estatuto e a dita "avaliação" é impossível. Os negócios do governo de Sócrates são outros: defender banqueiros e empresários. Tudo o mais é folclore, é trabalhar para a estatística e para que conste. Fazer de conta que se está preocupado com os cidadãos.
O governo é feito por pessoas e como temos visto um meio de passagem para os lugares onde se ganha dinheiro a sério, acenando com migalhas à populaça, para que pavlovianamente se babe, enquanto se fazem fortunas à custa do erário público.
A miséria do nosso país sempre foi a mesma: uma élite política e económica miserável, sem visão, feita de novos-ricos e de medíocres.
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