15 dezembro 2008

O país devia parar. O homem falou e disse:


O que já toda a gente sabia. Mas, proeza das proezas, ele reconheceu hoje que 2009 será um ano de "tempos difíceis".

Palmas e silêncio, pois quando Sua Excelência o Senhor Engenheiro Primeiro-Ministro da Nação Portuguesa diz algo tão importante isso quer dizer que... não tem nada para dizer, apenas precisa de fazer render o tempo de antena, para contrabalançar outros sinais.

E quando não há nada para dizer, fala-se em proveito próprio, apresentando-se ao país como o messias de (não se riam, por favor) uma «nova cultura política».

Em que consiste a tal nova cultura? É uma cultura «de modernização da administração pública e de combate à burocracia».

Se já se partiram a rir, ainda não viram a melhor parte do discurso: «Depois de termos feito o que fizemos, descobrimos que há ainda muito mais a fazer. Mas o importante é termos a administração pública convencida de que esta é a melhor linha a seguir, não apenas porque reduz custos mas também porque permite uma administração mais amiga do empreendedor, de quem quer correr riscos, e que não gosta dos que querem manter tudo na mesma».

Agora sim, podem tirar a barriga de misérias. Sócrates é muito melhor que qualquer grupo de humoristas.

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