Se os do politburo (Politicheskoe Byuro) regressassem beijariam apaixonadamente Maria de Lurdes Rodrigues na boca. Ela conseguiu uma proeza: transformou professores em burocratas. Usou os velhos métodos soviéticos e assim vão as coisas:
O excessivo peso das tarefas burocráticas e as reuniões intermináveis obrigam os professores a cumprir mais de 40 horas de trabalho por semana. Ora, quando um funcionário trabalha horas extraordinárias recebe-as, mas os professores não.
A componente de trabalho individual deveria ser dedicada à preparação de aulas, correcção de trabalhos ou testes, investigação e reuniões (que deveriam ser ocasionais e não diárias). No entanto, o excesso de relatórios e papéis é tal que...
Os professores deliram: cumprem zelosamente a coisa, pois a vida está difícil. Outros, mais velhos, pedem antecipação da aposentação. Uns quantos estão à beira de um esgotamento. Mas isso que importa? O que interessa é que MLR possa continuar a fazer a sua carreira política.
Felizmente já há um número razoável de professores a dizer Basta! e a não acatar o dislate ministerial. Se muitos fizerem o mesmo, que pode fazer MLR senão dar uma volta no discurso e sentar-se à mesa com os sindicatos? Ela não quer, claro. A ver vamos.
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