A generalidade dos manuais do ensino básico é má. Excesso de imagem, estruturação confusa das páginas, numa linguagem nem sempre clara. São, além disso, livros pesados, caros, muito coloridos. Que constituem, indubitavelmente, um dos maiores negócios editoriais do país. O número é significativo (80 milhões), mas deixa de fora cadernos e livros auxiliares que o fariam crescer ainda mais. É muito dinheiro, para tão fracos resultados (a qualidade das sebentas que milhares de alunoscarregam diariamente nas mochilas).
Com excepção de uma ou outra editora entretanto desaparecida, os professores limitam-se a optar (no momento da selecção) pelos manuais das editoras do costume. E apesar de se falar de material electrónico, o que há é ainda incipiente. Os cd-rom que algumas editoras oferecem são bem o espelho do atraso.
Os alunos e os professores dispõem hoje de uma preciosa fonte de informação: a net. Mas, para os conteúdos específicos das diferentes disciplinas, a net revela-se pobre em material redigido em português de Portugal. Além de que a garantia científica da informação que a net disponibiliza deixa muito a desejar.
No entanto, uma ou outra escola, tem entre o corpo docente quem esteja a dar cartas na elaboração de materiais didácticos atractivos e eficientes. Material que aindanão foi aproveitado pelas velhas editoras. Espera-se que apareça quem veja aí um negócio e avance. Todos teriam a ganhar: alunos, professores, pais.
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