Ler é, de facto, complicado. A gente escreve 2 e há logo quem se ponha aos gritos a dizer que não são 5. Isso mesmo fez o autor deste blogue emrelação a este post. O autor não leu, tresleu, para concluir o que muito bem quis.
A gente tão intelectualmente honesta que podemos dizer senão que reiteramos os nossos pontos de vista, acrescentando: vai mal um país que em tempos de crise gasta tanto dinheiro a mudar algo sem primeiro conhecer a realidade que pretende alterar; vai mal uma equipa que, estimulada pelos seus tiques académicos, esquece a mundividência da população escolar - que domina muito bem a teconologia, mas domina bastante mal a língua materna, algo que se reflecte, por exemplo, na dificuldade em perceber os enunciados dos exames de matemática. Quanto a textos literários, poderão um dia entusiasmar-se com Equadores e Sei Lá, mas dificilmente com Novelas do Minho, O Primo Basílio, Húmus, Mau Tempo no Canal ou Torre de Barbela.
Relativamente ao Plano Nacional de Leitura, enferma do tique muito gauche de que ler por ler cria leitores. Ou muito me engano ou é apenas o prazer de descobrir e de aprofundar que os cria. A lista é um amontoado de obras (muitas delas bacocas) que em nada ajudarão a criar leitores.
Já agora, aproveitamos para dizer ao sr. Ricardo Nobre que aqui não se pagam comentários que não interessam. E que no século XIX apenas uma minoria endinheirada podia frequentar a escola. Embora tenha sido nesse século que se começou a falar de questões que ainda hoje debatemos: como o saber ler, escrever, contar, pensar.
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