Tinha 17 anos e estava farto dele mesmo. Doía-lhe não ser considerado, não ter amigos, ninguém que olhasse por ele. Consta que gostava de filmes de terror, talvez por encontrar ali algum paliativo para uma estranheza que nunca ninguém lhe soube explicar e que ele também não chegou a perceber.
Mais uma vez repetiu-se a tragédia. Mas quem lê Arno Gruen? Quem? Os nossos jornalistas, ano após ano, repetem a mesma ladainha, a de não haver explicação para o sucedido, quando a explicação a têm sempre diante dos olhos, basta saber lê-la.
No meio da tragédia, registe-se o heroísmo de três professoras que tentaram, com os seus corpos, servir de escudo aos dos seus alunos.
1 comentário:
Um reflexo da sociedade em que vivemos em que o ter é mais importante que o ser.
A falta de afectos,as humilhações que uns arrogantes vão exercendo sobre outros...Os valores da sociedade contribuem para a falta de sentimentos de bem. Penso que é tudo isto aliado à laicização, à descrença, ao vazio, e muito mais que não sabemos explicar, que leva a tamanha desgraça.
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