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Participa em diversas publicações como as revistas ABC e Ilustração, entre muitas outras. Chega mesmo a tomar a iniciativa de fundar o seu próprio jornal humorístico, em colaboração com o escritor Henrique Roldão. A 15 de Agosto de 1919 saía o primeiro número de O Riso da Vitória, que acabaria alguns meses depois. Foi também director artístico do ABC a Rir, cedendo depois o seu lugar a Stuart de Carvalhais.
A maioria das histórias de Barradas tem sempre os mesmos protagonistas, que são os tipos alfacinhas: o mendigo, o bêbedo, o novo-rico, os jovens ardinas, as costureiras, etc. O corpo feminino era o elemento mais representado. A intenção de Barradas era fixar tipos existentes da mulher lisboeta. Eram três os mais comuns: a burguesinha, a mulher popular e a funcionária do Bristol. Os rostos permitem-lhe dar a expressão desejada. Intitula-os muitas vezes como Máscaras, com algum expressionismo. As suas capas da revista ABC revelam o paradigma feminino da modernidade desejado pelas mulheres da sociedade portuguesa dos anos 20, que se esforçavam por se manter ao corrente das modas e dos padrões europeus.
Em 1930, toma a iniciativa de relançar a sua estratégia iconográfica às províncias ultramarinas e de fazer todo o circuito africano, para colher elementos, traçar costumes, registar tipos, algo que havia feito na sua anterior viagem ao Brasil.
Dedicou-se também à cerâmica.
Fonte: Carla Mendes
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