São José Almeida diz (Público, edição papel) e nós registamos:
"(...) características do actual PS que se evidenciaram a quem observou, das bancadas, o desenrolar do espectáculo montado na nave polidesportiva em Espinho. Uma foi a da solidão e da fragilidade do poder de José Sócrates, outra a sede de poder e do medo da perda desse mesmo poder que assola o PS."
"(...) Para lá do elogios ao líder - por vezes tão panegíricos que se tornavam ridículos -, os discursos centravam-se numa questão vital para os delegados que se reuniram em Espinho e que é o real problema que ali os levou: a manutenção e a conquista de poder.
E, se o unanimismo à volta de José Sócrates foi intenso e imenso, o que dele transparecia era um surpreendente medo de perder o poder. Os incessantes e lancinates apelos ao repetir da maioria absoluta, o fervor quase de crença em que não há alternativa à governação iluminada de José Sócrates, uma estranhamente pueril ausência de dúvidas e de interrogações, foram profundamente reveladores de um quase cândido desespero de que, ao longo do ano de 2009, o poder que o PS detém hoje se desfaça entre os dedos, como areia na praia."
Sem comentários:
Enviar um comentário