11 março 2009

A distracção dos dólares


Estavam três milhões de dólares falsos em ganda festa, ali pròs lados do parque de estacionamento de um hipermercado de Alfragide, quando chegou a Judite. Judite dirigiu-se à festa que tinha lugar num carro, onde milhares de pranchas já impressas de notas de 100 dólares acendiam brilhos azuliantes nos olhos de dois mânfios e não esteve com meias medidas, foi logo com as botas ou com os punhos ou com as pistolas e pronto, negócio fechado.

O director da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ salientou a alta qualidade do dinheiro apreendido, referindo que a gramagem do papel (denominado papel dinheiro, por servir para fazer notas ou outros títulos fiduciários) é de qualidade, muito próxima daquela que é utilizada quando se faz dinheiro de verdade. De elevada qualidade é também a impressão offset. A afinação da máquina utilizada é quase perfeita, subsistindo apenas um ligeiro desacerto que deixa marcas, as quais poderão ser agora analisadas para apurar eventuais ligações desta rede com outras apreensões já realizadas.

O valor estimado dos dólares falsos rondaria os 600 mil euros.

Ao que a nossa reportagem conseguiu apurar, os dólares tinham-se mascarado no carnaval e ainda não tinham tomado banho, tresandando a álcool do bom. Mas se há coisa que Judite tenha é boas máscaras, nem sentiu o cheiro e acabou logo ali com a marosca.

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