17 outubro 2008

A pobreza em números


Quase dois milhões de portugueses vivem em risco de pobreza.

Desemprego, velhice, doença e os baixos salários são as principais causas que ditam o infortúnio de quem tem apenas 366 euros, ou menos, para sobreviver.

Entre 1995 e 2000, 46% dos portugueses passaram pela pobreza, em pelo menos um dos anos, refere Alfredo Bruto da Costa, no livro "Um olhar sobre a Pobreza, vulnerabilidade e exclusão social no Portugal Contemporâneo". "Quer isto dizer que uma elevada parte da população portuguesa é vulnerável à pobreza, mesmo que, em dado momento, não seja pobre".

A maioria dos pobres são trabalhadores por conta de outrem (30,8%) ou por conta própria (18%), reformados (21,6%) e domésticas (11%).

Os baixos salários, o fraco nível educativo e a falta de qualificações explicam este cenário. A actual crise financeira dá uma ajuda, com a subida das taxas de juro para o crédito à habitação e o consequente aumento das prestações mensais. Algo que tem feito chegar às bolsas de pobreza gente, até hoje, imune a privações.

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