O que é que têm em comum José Eduardo dos Santos (Presidente angolano), Elísio de Figueiredo (embaixador), José Leitão (ex-chefe da Casa Civil da presidência), os generais Salviano Sequeira e Carlos Alberto Hendrick Vaal Neto, Fernando Araújo (general e ex-conselheiro do Presidente), Fernando Miala (general e chefe dos serviços secretos)?
Receberam 41,5 milhões de euros (ao câmbio actual), por comissões relativas a contratos de venda de armas entre 1993 e 2000. Vendas ilícitas, claro.
O esquema pode ser consultado aqui, aqui e aqui. E ainda em muitos outros lados. O Público noticia a participação de vários bancos portugueses no tráfico (destacam-se a Caixa Geral de Depósitos [CGD] e o Banco Comercial Português [BCP]).
O caso implica também altas figuras do Estado francês por enriquecimento ilícito e tráfico de influências. Tratava-se de uma vasta rede de intermediários, criada num contexto em que vigorava um embargo de armas a Angola. Dois dos 42 réus, o empresário Falcone (na foto) e o milionário israelo-russo Arkadi Gaydamak, ambos intermediários dos negócios, são acusados de tráfico de armas.
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