Os professores serviram que nem uma luva para a campanha do défice. Agora que chegou a crise e o défice foi quase esquecido, os professores continuam a braços com uma profissão que, para lá do desgaste psicológico, os coloca perante uma duplicação de tarefas. Além das aulas têm de ser secretários e preencher quilos de papelada, tudo para fazer de conta, pois nada disso vai mudar uma vírgula no ensino.
As consequências são de outro calibre: as pessoas sentem-se usadas. Os abusos sucedem-se. A mediocridade ganha foros de cidadania e a humilhação aumenta.
E vamos direitinhos ao que importa: à educação. Que com as medidas suçalistas piora e vai provocar vários descalabros na vida dos cidadãos portugueses. Será preciso lembrar que o emprego é aberto a 25?
Os pais que andam a dormir vão ver os seus filhos postos de lado (desempregados). Os alunos medianos vão-se deparar com o mesmo. Ou adquiriram competências noutro lado. Se se limitaram às da escola, ao cabo de 12 anos de escola, nem para caixas de supermercado servem.
Sócrates e Maria de Lurdes estarão longe e, quais Pilatos, farão de conta que não é nada com eles, pois eles tudo fizeram para as coisas melhorarem.
Os professores que ainda não estiverem avariados do juízo perguntar-se-ão se valeu a pena.
Claro que alguns, no terreno, começam já a verificar o ridículo desta dita "avaliação" que não avalia nada e apenas serve para poupar dinheiro, ao mesmo tempo que fragamenta ainda mais um grupo profissional já de si muito dividido.
Para a sra. ministra não «tem sentido» protestar. Claro que não (se fôssemos chineses éramos todos rotulados de terroristas). O povo serve apenas para dizer mée.
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