O julgamento do Angolagate, que começou no princípio de Outubro em Paris, diz apenas respeito a 790 milhões de dólares de transacções de armas. Mas o valor total do armamento comprado por Angola à Rússia, entre 1993 e 2000, ascenderá a quatro mil milhões de dólares.
A acusação tenta provar que cerca de metade dos 790 milhões de dólares em jogo serviu para pagar comissões às várias partes e interessados no negócio, em violação do embargo internacional de armas ao MPLA e à UNITA na altura.
"Sobre a compra de armas, o Governo angolano usa o segredo de Defesa. O que coloca a questão é o valor entre os 300 e os 600 milhões de dólares pagos em comissões", diz Sylvain Touati, especialista da África subsariana e assistente de investigação no Instituto Francês das Relações Internacionais (IFRI), de Paris. "Ninguém quer que se faça luz sobre estas comissões."
Fonte: Público papel
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