Hitler era medíocre. As aguarelas que pintou entre 1914 e 1918 nem como exercício escolar são grande coisa. Os britânicos Jake e Dinos Chapman resolveram comprar algumas e introduzir-lhes alterações: soldados mortos, pontes destruídas, arco-íris e formas geométricas coloridas. Ao lote deram o nome de "March of the Banal" (Marcha do Banal). E puseram a coisa à venda na Feira Internacional de Arte Contemporânea de Paris (FIAC). O mercado da arte contemporânea gostou. E os irmãos Chapman embolsaram 815 mil euros.
Agora, alguns críticos vieram dizer que se trata de "revisionismo cool".
Na arte, como noutros sectores da vida, tudo parece estar bem quando a embalagem é gauche. O gauche é rentável e maravilhoso para o espectáculo. Já quando tem uns laivos de droite há como que uma certa comichão no milieu. Porque será?
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