16 abril 2008

A fúria do mar


Há uns meses, disse-se cá na ilha que, a manter-se o ritmo de aquecimento, havia a possibilidade de o mar vir a inundar a Praça Velha. O problema não será apenas a dita praça, será a própria estabilidade da ilha, pois quem mora junto à costa ver-se-á despojado de terrenos e habitações. Agora, segundo uma estimativa feita pelo Laboratório Oceanográfico de Proudman (Inglaterra), diz-se que o nível médio do mar pode subir 1,5 metros até ao final deste século.
O nível médio do mar subiu dois centímetros no século XVIII, seis centímetros no século XIX e 19 centímetros no século XX. Segundo uma investigadora no Laboratório inglês, Svetlana Jevrejeva, “Nos últimos dois milénios o nível das águas foi muito estável”, “mas parece que a subida rápida durante o século XX foi devido ao derretimento das massas de gelo”. O assunto não é pacífico entre os cientistas. Há quem concorde e quem defenda que o aquecimento global se deve a causas que estão muito para lá da intervenção humana. Há quem diga que o nível médio das águas não crescerá tanto assim. Os cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas), por exemplo, prevêem que o valor oscile entre os 18 e os 59 centímetros. O debate continua aceso.

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