30 abril 2008

O problema das obras públicas


Além dos problemas do costume, há outros. Por exemplo deste género: «há muita gente que diz que ali se gastou muito dinheiro nas maçanetas e nas carpetes, e que há deficiências.» Reininho dixit. A Casa da Música é apenas um exemplo. Podíamos falar da escola que dizem que é a melhor da Península Ibérica, onde, nos balneários que servem a piscina, ao fim da chuveirada da praxe, julgamos estar num lago. Porque aquilo não tem escoadouros, nem os chuveiros têm protecção. O que importa, claro, é pôr o slogan a correr. A funcionalidade e a relação custo/uso não interessam nada.

«Há um lado de violência que é inata à humanidade e que se tem de compreender. Eles nada têm a perder.» (idem). Pois é, a violência tem muitos rostos. É fácil ligá-la aos burgessos do futebol, mas torna-se mais inquietante quando está ligada aos ditos gestores da coisa pública. Ele há muita maneira de fazer passar sinais. E quando a lei é a do mais forte, que podem fazer os deserdados senão gritar, beber, destruir?

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