Manuel Faria, historiador e professor, assina, no «Diário Insular» de hoje, um libelo a favor de Angra como cidade museu. Diz Manuel Faria "Se há espaço onde há vida, é num museu – mesmo naqueles museus de antanho, meros expositores de antiguidades. O museu de hoje é, por natureza, um repositório da memória, onde ela se exercita e criativamente se desenvolve e enriquece. Talvez a única diferença com outros espaços é que, no museu, a criatividade emana da própria memória, num processo dinâmico e cumulativo do saber. No dia em que Angra deixar de ser museu, é a orfandade que nos espera. Gente que anda por ver andar os outros, imitadores, sem identidade própria, sem personalidade. Quem desdenha Angra-Museu, demonstra, tão só, uma ignorância básica da natureza e função de um museu (e a ignorância é arrogante e atrevida)."
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