O pequeno animal tem tanto de pequeno (30 centímetros) quanto de raridade. De linhagem bem antiga, 73 milhões de anos, manteve-a conservada, possuindo características ancestrais como a produção de veneno. Algo raro, já que o solonodonte-do-Haiti (Solenodon paradoxus) é um mamífero. A espécie só existe no Haiti e na República Dominicana.
Com 30 cm de corpo e 15 a 25 de cauda, parece-se com um musaranho, mas tem um focinho alongado, cauda como a das ratazanas e patas sem pêlo. Alimenta-se de invertebrados, répteis, aves e frutos. Alcança grande velocidade, tem hábitos noctívagos e produz veneno que expele com a saliva, servindo-se dos incisivos para a injectar.
Um grupo de investigadores da Durrell Wildlife Conservation Trust (DWCT) do Reino Unido, e do Ornithological Society of Hispaniola, da ilha da Espanhola, esteve na República Dominicana no Verão passado para estudá-lo. Durante um mês puseram armadilhas em vários locais da ilha para conseguir obter indivíduos, medi-los e retirar amostras de ADN.
O solonodonte-do-Haiti assim como o seu parente mais próximo de Cuba, o solonodonte-de-Cuba (que também é venenoso) estão ameaçados. A desflorestação, a introdução de espécies exóticas nas ilhas e a caça, têm desgastado as populações destes insectívoros nocturnos.Os dois mamíferos fazem parte do programa Edge of Existence, da Sociedade Zoológica de Londres (SZL), destinado a conservar os animais em perigo e que ao mesmo tempo são únicos devido à sua história evolutiva. “O registo de fósseis mostra que outros grupos de mamíferos que agora estão extintos também tinham um sistema de injecção de veneno. Isto deveria ser uma característica mais geral, que se perdeu na maioria dos mamíferos modernos”, disse Sam Turvey da SZL.
Podem vê-lo em acção num breve filme indo aqui.
1 comentário:
Penso que o ornitorrinco também produz veneno.
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