O que é a inovação? Ainda é vista como um desvio, como uma infracção ou, pelo contrário, foi assimilada e é algo que hoje se considera necessário para enfrentar a voragem do consumo?
E criatividade é o quê?
Há quem acredite que a criatividade é algo plástico que se programa consoante a vontade.
Há quem vá mais longe e suponha que a inovação depende das planificações.
Esta concepção funcionalista de pessoas e instituições dá vontade de rir. Se assim fora viveríamos no melhor dos mundos, o que, como facilmente se constata, está longe de ser verdade.
A única verdade é estar nas nossas mãos preparar as pessoas para não se afundarem em rotinas nem se deixarem cegar pela censura. É dar à cultura um espaço maior capaz de tornar relevante o seu papel económico, não enquanto geradora de lucro, mas enquanto potenciadora de riqueza e de bem-estar. Isso que no entendimento de políticos medíocres se torna fazer de conta, para que através do fazer de conta a crença das pessoas funcione como um gatilho de consumo. Mas não se trata de consumo. Trata-se de vida. Trata-se do que é intrinsecamente humano e de como criar espelhos (de feira ou simples) que reflictam o que habitualmente se procura esconder.
Praga é a cidade do Ano Europeu da Inovação e da Criatividade. Vale a pena seguir o que se vai passar. Alguns dos temas em destaque:
Actividade artística e outras formas de criatividade, desde a pré-escola ao ensino básico e secundário, incluindo o pensamento inovador assim como a capacidade de resolver problemas de forma criativa;
Diversidade cultural como fonte de criatividade e inovação;
Estratégias de desenvolvimento local e regional baseadas na criatividade e inovação;
Indústria cultural e criativa, incluindo o design - onde o estético e o económico se encontram.
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