O caso Freeport traz à baila, uma vez mais, os espaços em branco da política. Uns ingleses tinham milhões para gastar porque queriam ganhar muitos mais. Para conseguirem levar a água ao seu moinho estavam dispostos a gastar bem. E há quem saiba lubrificar portas para que se abram facilmente. A excelente qualidade do lubrificante exige um cliente à altura, pois certos lubrificantes só são acessíveis a determinadas bolsas. Os ingleses pensaram que isso seriam trocos para o que iriam ganhar.
O empreendimento seria feito em zona protegida (uma mais valia para ele - projecto - e uma menos valia para o território português). Foi o próprio Ministério... do Ambiente que encontrou maneira de resolver o problema. Era ministro o senhor engenheiro, o tal que fez um curso fantasma; o tal que adora reformas e avaliações, além de ser um exímio cumpridor da lei.
Nada de novo, portanto. O dinheiro vale sempre mais. Sempre. A cunha, as amizades, a família (a mafia sabe disso como ninguém). O resto é blá blá para enganar papalvos. De vez em quando um ou outro lírico parece querer mostrar ao mundo que pode ser doutra maneira e cria halos de esperança, mas, depois, a realidade volta nua e crua.
Sem comentários:
Enviar um comentário