Transcrevemos, sem comentários, esta peça de lusitano humor jornalístico, da autoria de João Céu Silva. Quem quiser ler o texto na íntegra, pode ver como a publicidade vende mais travestida de 'jornalismo':
"Literatura. O livro foi uma das prendas preferidas pelos portugueses este Natal. Se os escritores estrangeiros tiveram o comportamento habitual, já os nacionais surpreenderam pelo número excepcional de vendas. É certo que dos pesos-pesados só Miguel Sousa Tavares esteve parcialmente fora do ringue
Mulheres deram taça a Rodrigues dos Santos
Dar e receber um livro no Natal é a troca de presentes preferida dos portugueses. Fazê-la com livros de autores nacionais é a grande moda. O resultado destas duas situações fez com que os autores nacionais tenham sido os recordistas de vendas de livros neste último trimestre, num total muito próximo de um milhão de exemplares.
(...)
É uma mudança de rumo do mercado editorial, que se acentuou em 2008 - acompanhando a tendência internacional - e que tem duas razões: o peso do leitor feminino e a aposta das editoras em dar romances historicamente comerciais e com um mínimo de credibilidade.
Com esta "receita literária", lucram as editoras e os livreiros, ganham os autores e aumenta o seu número, ficam os que lêem mais satisfeitos e o rácio de leitura em português melhora, sem se necessitar de alimentar o debate inócuo de que a literatura light destrói a boa escrita e não atrai novos leitores aos já fiéis ao livro."
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