«Para o próximo ano, estão orçamentados 7,8 mil milhões de euros em consumos intermédios. Um corte de 20% é sensivelmente igual a 1,6 mil milhões de euros, praticamente o mesmo que o Governo consegue com os cortes dos subsídios de Natal e de Férias a três milhões de funcionários públicos e pensionistas. Ou seja, com um corte profundo nos consumos das Administrações Públicas é possível evitar as medidas drásticas que os portugueses vão suportar no próximo ano.
Há um ano, por esta altura, o PSD de Pedro Passos Coelho, então na oposição a José Sócrates, apresentava a sua estratégia para resolver o problema orçamental.
Tudo começava nos consumos intermédios. Antes de qualquer outra medida, deviam-se atacar as gorduras do Estado. Nos ministérios, nas empresas públicas, nos hospitais, nas escolas viviam todos com enormes desperdícios da água, da luz, de papel e todos os outros materiais. Resolvendo isto, estava meio caminho andado para consolidar as contas públicas. Na altura, Carlos Moedas, hoje secretário de Estado responsável pelo acompanhamento do memorando com a ‘troika', citava estudos que falavam de cortes de milhões e mais milhões nos célebres "consumos intermédios". E não foi o único a defender essa teoria. O actual ministro da Economia, ainda na pele de professor universitário, também falou abundantemente sobre a mesma teoria no seu último livro - "Portugal na Hora da Verdade".»
Bruno Proença
Há um ano, por esta altura, o PSD de Pedro Passos Coelho, então na oposição a José Sócrates, apresentava a sua estratégia para resolver o problema orçamental.
Tudo começava nos consumos intermédios. Antes de qualquer outra medida, deviam-se atacar as gorduras do Estado. Nos ministérios, nas empresas públicas, nos hospitais, nas escolas viviam todos com enormes desperdícios da água, da luz, de papel e todos os outros materiais. Resolvendo isto, estava meio caminho andado para consolidar as contas públicas. Na altura, Carlos Moedas, hoje secretário de Estado responsável pelo acompanhamento do memorando com a ‘troika', citava estudos que falavam de cortes de milhões e mais milhões nos célebres "consumos intermédios". E não foi o único a defender essa teoria. O actual ministro da Economia, ainda na pele de professor universitário, também falou abundantemente sobre a mesma teoria no seu último livro - "Portugal na Hora da Verdade".»
Bruno Proença
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