A pouco e pouco vai-se percebendo a ideia do PSD para a educação.
Fica sempre bem negar, com ar compungido senão mesmo indignado, a criação de elites, mas, na verdade, há anseios de poder que é preciso assegurar e acreditam muitos que isso só é possível para alguns. Embora a constituição propugne a igualdade de acesso, o PSD não está para aí virado e acha que o poder só deve estar ao alcance de uns quantos. A democracia é, assim, uma fachada para a manutenção de interesses particulares, à custa do dinheiro de todos.
Para denegrirem a escola pública, falam em "quantidade" e para enaltecerem a escola privada falam em "qualidade". Vale a pena referir que os professores foram todos, sem excepção, formados em escolas públicas? E porque não perguntar: se uma escola é particular, para que raio recebe dinheiros públicos? A constituição dá um jeitaço para fazer negócios, ao defender o ensino obrigatório e gratuito. Ora, num colégio paga-se e bem. Não é gratuito. Para que recebe dinheiro dos nossos impostos? E como se entende que aumentem a dádiva estatal numa altura em que se fazem cortes brutais na escola pública?
À falta de argumentos, usam-se os sindicatos como bode expiatório. No que parece ser a estratégia retórica do PSD para convencer o povo. No tempo de Salazar a causa de todos os males eram os comunistas...
Outro dado relevante para as tais comparações entre público e privado é o da escolha de alunos. Os privados podem escolher, o público tem de se sujeitar. Os privados não têm de lidar com adolescentes ou crianças oriundos de bairros problemáticos ou de famílias sem recursos nem formação. Os privados podem oferecer actividades extra-curriculares (cada uma é paga). E podem impor aulas extra para os casos complicados, sob pena de expulsão.
Que interessam as variantes, se para o PSD tudo o que é público é apenas um desperdício de dinheiro? (Apenas não o é quando estão em causa regalias próprias, como subsídios de alojamento e afins...).
Às vezes a gente pergunta-se, se voltássemos aos anos 30 do século passado será que os do PSD andavam por aí a defender a eugenia?
Fica sempre bem negar, com ar compungido senão mesmo indignado, a criação de elites, mas, na verdade, há anseios de poder que é preciso assegurar e acreditam muitos que isso só é possível para alguns. Embora a constituição propugne a igualdade de acesso, o PSD não está para aí virado e acha que o poder só deve estar ao alcance de uns quantos. A democracia é, assim, uma fachada para a manutenção de interesses particulares, à custa do dinheiro de todos.
Para denegrirem a escola pública, falam em "quantidade" e para enaltecerem a escola privada falam em "qualidade". Vale a pena referir que os professores foram todos, sem excepção, formados em escolas públicas? E porque não perguntar: se uma escola é particular, para que raio recebe dinheiros públicos? A constituição dá um jeitaço para fazer negócios, ao defender o ensino obrigatório e gratuito. Ora, num colégio paga-se e bem. Não é gratuito. Para que recebe dinheiro dos nossos impostos? E como se entende que aumentem a dádiva estatal numa altura em que se fazem cortes brutais na escola pública?
À falta de argumentos, usam-se os sindicatos como bode expiatório. No que parece ser a estratégia retórica do PSD para convencer o povo. No tempo de Salazar a causa de todos os males eram os comunistas...
Outro dado relevante para as tais comparações entre público e privado é o da escolha de alunos. Os privados podem escolher, o público tem de se sujeitar. Os privados não têm de lidar com adolescentes ou crianças oriundos de bairros problemáticos ou de famílias sem recursos nem formação. Os privados podem oferecer actividades extra-curriculares (cada uma é paga). E podem impor aulas extra para os casos complicados, sob pena de expulsão.
Que interessam as variantes, se para o PSD tudo o que é público é apenas um desperdício de dinheiro? (Apenas não o é quando estão em causa regalias próprias, como subsídios de alojamento e afins...).
Às vezes a gente pergunta-se, se voltássemos aos anos 30 do século passado será que os do PSD andavam por aí a defender a eugenia?
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