10 junho 2009

Oito retratos, oito portugueses


Dois padres. Dois políticos. Dois barbeiros/cabeleireiros. Dois agricultores. Assim mesmo, aos pares. O velho e o novo. Não pelas idades mas pelos modos de agir. Uns fiéis a velhos processos, outros adeptos e viciados da internet, que lhes oferece púlpitos e palcos mais alargados.
Tudo aqui, com direito a uma pequena animação que retrata cada caso, cada idiossincrasia.
Uma amostra: "É o corte normal. O que mais me pedem é o corte normal. Sim, normal. Normal é normal. Já lhe disse que aqui não há cortes por catálogo. Aqui é assim: cortou, penteou, andou. Sempre assim. Ah, e não corto pela internet". Fala Acácio Pereira Branco, 72 anos, barbeiro na Rua de Ramalho Ortigão (Porto, " a cortar desde 1958", tchk, tchk, tchk.
Já Joaquim Guerra, 60 anos, é "escultor capilar", um artista. E, como qualquer artista, cuidadoso com a sua aparência: camisa roxa a despontar no fato preto, a crina apanhada num eterno rabo de cavalo. Ouçamo-lo: "Foi isso que mudou um mundo inteiro: cores, tons, reflexos, nuances, formas de fazer cabelo. E produtos: champôs, amaciadores, máscaras, finalizadores, até temos a queratina, não sabe o que é a queratina? É um extraordinário restaurador, é obrigatório uma vez ao ano".

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