Diz a notícia: «Os jogadores do Boavista podem entrar para a história como protagonistas da primeira greve do futebol profissional português no regime democrático, caso concretizem a ameaça feita hoje, devido a salários em atraso.» Ou seja, não se trata de entrarem para a história por ganhar o campeonato, mas por poderem vir a fazer greve. E o que há de estranho nisso? Os jogadores são assalariados. Talvez a coisa soe um pouco mal, por ser comum ouvir falar de transacções avultadas. Nada como o dinheiro para fazer sonhar. Ah se eu fosse o Cristiano Ronaldo… (ali, a fazer anúncios, a sair nas revistas, a ganhar mais do que um banqueiro). O problema é que Portugal é Portugal e, por cá, o salário mínimo é de pouco mais de 400 euros. E quando se fala de jogadores de futebol da 1.ª Liga todos temos uma ideia (que é só isso, uma ideia) dos salários principescos dos jogadores. Mas onde é que os clubes vão buscar o dinheiro? Onde, digam lá. Porque será que a família Loureiro zarpou do barco mal o sentiu a periclitar?
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