«Até Setembro do ano passado, estava previsto que o Estado teria de pagar 860 milhões de euros pela sua participação nestes negócios. Mas (...) o fardo acabou por ser de 1.335 milhões de euros. Só nas parcerias relativas a auto-estradas, os custos a liquidar pelos contribuintes aumentaram 65% porque, dentro da lógica da original partilha de riscos, foi necessário reforçar as rendas a pagar aos concessionários por revisões efectuadas nos contratos.
O Governo estima agora que, pelo final do ano, os custos com as PPP [parcerias público-privadas] totalizem mais de 1.500 milhões de euros, valor que supera as receitas adicionais obtidas com o imposto extraordinário cobrado sobre os subsídios de Natal do ano passado. Na gíria, estes ajustamentos são apelidados de "reequilíbrio financeiro". É uma expressão susceptível de provocar espanto. Para operações em que o resultado é o Estado ter de pagar mais para que os privados recebam mais, razoável seria chamar-lhes iniciativas de "desequilíbrio financeiro".»
João Cândido da Silva
O Governo estima agora que, pelo final do ano, os custos com as PPP [parcerias público-privadas] totalizem mais de 1.500 milhões de euros, valor que supera as receitas adicionais obtidas com o imposto extraordinário cobrado sobre os subsídios de Natal do ano passado. Na gíria, estes ajustamentos são apelidados de "reequilíbrio financeiro". É uma expressão susceptível de provocar espanto. Para operações em que o resultado é o Estado ter de pagar mais para que os privados recebam mais, razoável seria chamar-lhes iniciativas de "desequilíbrio financeiro".»
João Cândido da Silva
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