Fala Paulo Rangel, do PSD:
«Todos os plausíveis senhorios, sem excepção, estabeleciam uma condição para o negócio: não passar o recibo da renda.»
«Habituado por escrúpulo familiar (porque há senhorios na família), a que se passa sempre recibo, nunca suspeitei que a situação de fraude - e de fraude escancarada - atingisse as proporções que descobri em Lisboa. Apercebi-me, entretanto, por estar agora mais atento e desperto, que é situação comum no Porto e que floresce tranquila e impunemente por esse país fora.»
«A pretexto da nova legislação, já se ouviu dizer tudo e o seu contrário. Há, no entanto, dois pontos que, antes mesmo de um estudo mais aturado, suscitam séria preocupação.
O primeiro é a ausência de qualquer medida para repor no sistema - e, designadamente, no sistema fiscal - essa enorme multidão de arrendamentos clandestinos. Num momento de austeridade, em que todos são chamados a pagar com grande esforço os seus impostos, como pode lançar-se uma reforma do arrendamento, fazendo de conta que não há milhares e milhares de contratos clandestinos, através dos quais se foge gritantemente ao fisco?
O segundo é a metodologia de negociação directa entre o senhorio e o inquilino para fixação das novas rendas. (...) Temo, no entanto, talvez por conhecer bem - demasiado bem - algumas das animosidades de décadas entre inquilinos e senhorios, que se abra uma multiplicidade de frentes de conflitos e guerras vicinais, com impactos sociológicos difíceis de antecipar.»
«Todos os plausíveis senhorios, sem excepção, estabeleciam uma condição para o negócio: não passar o recibo da renda.»
«Habituado por escrúpulo familiar (porque há senhorios na família), a que se passa sempre recibo, nunca suspeitei que a situação de fraude - e de fraude escancarada - atingisse as proporções que descobri em Lisboa. Apercebi-me, entretanto, por estar agora mais atento e desperto, que é situação comum no Porto e que floresce tranquila e impunemente por esse país fora.»
«A pretexto da nova legislação, já se ouviu dizer tudo e o seu contrário. Há, no entanto, dois pontos que, antes mesmo de um estudo mais aturado, suscitam séria preocupação.
O primeiro é a ausência de qualquer medida para repor no sistema - e, designadamente, no sistema fiscal - essa enorme multidão de arrendamentos clandestinos. Num momento de austeridade, em que todos são chamados a pagar com grande esforço os seus impostos, como pode lançar-se uma reforma do arrendamento, fazendo de conta que não há milhares e milhares de contratos clandestinos, através dos quais se foge gritantemente ao fisco?
O segundo é a metodologia de negociação directa entre o senhorio e o inquilino para fixação das novas rendas. (...) Temo, no entanto, talvez por conhecer bem - demasiado bem - algumas das animosidades de décadas entre inquilinos e senhorios, que se abra uma multiplicidade de frentes de conflitos e guerras vicinais, com impactos sociológicos difíceis de antecipar.»
2 comentários:
Onde é a Terra de Mateus Queimado?
É na ilha Terceira, na Praia da Vitória.
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