«Não é despicienda ainda a questão da fraca procura doméstica portuguesa resultante quer das sucessivas vagas punitivas de medidas de austeridade, quer da pequena dimensão do mercado interno. Neste sentido, o facto de cerca de 65% da procura nacional resultar de compras do Governo torna fácil compreeender o impacto da forte contenção orçamental na economia nacional. Se a tudo isto somarmos o fortíssimo aumento da carga fiscal, bem como os pesados cortes nos salários do sector público, o resultado é inevitavelmente uma espiral negativa recessiva.
Ironicamente, a estabilidade financeira tão desejada pelo Governo português revelar-se-á uma ilusão à medida que o país caminha inexoravelmente para uma espiral deflacionária, onde as empresas morrem ou encolhem, com as consequentes e constantes quedas na receita fiscal, agravando ainda mais o défice (mais ainda do que aquele existente antes da implementação das medidas de austeridade). Desta maneira, haverá muito poucas empresas a quem taxar. Pode-se assim concluir que a tentativa do Governo português de controlar o défice e a dívida com cortes nos salários dos funcionários públicos e na despesa e com o fortíssimo aumento de todos os impostos, tudo em simultâneo, no fim, revelar-se-á completamente ineficiente e resultará no downgrade quer dos bancos, quer da dívida pública e, subsequentemente, no aumento incomportável dos juros.»
Fonte: Público
Ironicamente, a estabilidade financeira tão desejada pelo Governo português revelar-se-á uma ilusão à medida que o país caminha inexoravelmente para uma espiral deflacionária, onde as empresas morrem ou encolhem, com as consequentes e constantes quedas na receita fiscal, agravando ainda mais o défice (mais ainda do que aquele existente antes da implementação das medidas de austeridade). Desta maneira, haverá muito poucas empresas a quem taxar. Pode-se assim concluir que a tentativa do Governo português de controlar o défice e a dívida com cortes nos salários dos funcionários públicos e na despesa e com o fortíssimo aumento de todos os impostos, tudo em simultâneo, no fim, revelar-se-á completamente ineficiente e resultará no downgrade quer dos bancos, quer da dívida pública e, subsequentemente, no aumento incomportável dos juros.»
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