O primeiro-ministro afirmou ontem que Portugal não vai renegociar o programa de ajuda internacional e que não pedirá "mais tempo, nem mais dinheiro". Matthew Lynn, colunista da Bloomberg News e responsável pela “newsletter” da área financeira dessa agência, afirma que Portugal será o responsável pela queda do euro. "Prevê-se que a economia grega registe uma contracção de 6% este ano e Portugal não fica muito atrás – o Citigroup estima que a economia ‘encolha’ 5,7% em 2012 e mais 3% em 2013”. “Os objectivos de redução do défice não vão ser cumpridos. No início deste mês, o governo reviu em alta a previsão do défice, de 4,5% para 5,9% do PIB este ano. Se a experiência grega for válida, esta meta continuará a ser revista em alta. A economia encolhe, cada vez mais pessoas transitarão para a economia subterrânea para sobreviverem e o défice continuará a crescer”.
Matthew Lynn recorda o estudo da Universidade do Porto, divulgado na semana passada, onde se revela que a economia paralela aumentou 2,5% no ano passado e que representa agora cerca de 25% da actividade económica em Portugal. “E não há qualquer expectativa de que isso vá mudar em breve. As empresas portuguesas simplesmente não conseguem sobreviver a pagar as taxas de imposto que lhes foram impostas”.
Ou seja, o governo e Passos Coelho usam o que podem para sossegar os "mercados". Mas os "mercados" são cada vez mais peremptórios: Portugal vai cair na bancarrota. O que vem mostrar quanto o discurso interno de obsessão do défice é tiro no pé.
E o governo continua a não cortar nas gorduras: 20% do PIB é gasto em "Despesas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação orgânica", que o mesmo é dizer em institutos, agências, comissões, entidades, direcções, centros, fundações, administrações, serviços e fundos autónomos que, com estas ou outras designações, fazem parte do chamado Serviço Público.
A propaganda afunda a economia e o governo ainda não mexeu (depois de tantas promessas e garantias) nas gorduras.
Matthew Lynn recorda o estudo da Universidade do Porto, divulgado na semana passada, onde se revela que a economia paralela aumentou 2,5% no ano passado e que representa agora cerca de 25% da actividade económica em Portugal. “E não há qualquer expectativa de que isso vá mudar em breve. As empresas portuguesas simplesmente não conseguem sobreviver a pagar as taxas de imposto que lhes foram impostas”.
Ou seja, o governo e Passos Coelho usam o que podem para sossegar os "mercados". Mas os "mercados" são cada vez mais peremptórios: Portugal vai cair na bancarrota. O que vem mostrar quanto o discurso interno de obsessão do défice é tiro no pé.
E o governo continua a não cortar nas gorduras: 20% do PIB é gasto em "Despesas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação orgânica", que o mesmo é dizer em institutos, agências, comissões, entidades, direcções, centros, fundações, administrações, serviços e fundos autónomos que, com estas ou outras designações, fazem parte do chamado Serviço Público.
A propaganda afunda a economia e o governo ainda não mexeu (depois de tantas promessas e garantias) nas gorduras.
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