25 maio 2009

Portugal é grande, o problema são os líderes


O problema de Portugal não está na produtividade da mão-de-obra mas na produtividade das gestões. Grande parte dos chefes e dos patrões tem umbigos muito desenvolvidos e cérebros muitos ocupados com o exibicionismo. E isso é que é, há séculos, o problema do nosso país.
A política dos baixos salários aliada à ambição do lucro fácil tem consequências nefastas. O país vai perdendo competitividade e isso vê-se pela perda de imigrantes. Os que vinham do Leste preferem a República Checa ou a Polónia, países onde há outra cultura, onde a educação é substancialmente melhor e que crescem mais do que este velho cantinho da Europa.
Por cá, ainda há abéculas que, em nome de dois ou três votos, defendem o encerramento de portas aos que vêm de fora, pois ainda não perceberam o quanto contribuem para o enriquecimento de Portugal.
No final de 2007, residiam em território nacional 420.189 imigrantes (cinco por cento da população do país, oito por cento da população activa, seis por cento do Produto Interno Bruto [PIB] e responsáveis por 9,7 por cento dos nascimentos). Os ilegais haverá apenas 55 a 75 mil.
Portugal só tem a ganhar com pequenos choques culturais. Sem imigrantes isso não é possível, agravando-se a cultura do chefe, o carreirismo, a espécie lambe-botas e outras pechas que contribuem para o nosso atraso.
Se continuamos a ser atractivos para quem vem do Brasil, da Ucrânia, de Angola, da Rússia e de Cabo Verde, recebamo-los sabendo que com eles vamos mais longe.

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