O azeite já foi o demónio da alimentação. O mesmo aconteceu com o vinho. Depois veio o tabaco e desde há tempos que se nota a propensão para a ditadura alimentar.
A indústria do entretenimento fornece material em quantidade suficiente para ocupar o corpo e o espírito, mas... a saúde queixa-se. É que, segundo se diz, a obesidade pode vir a tornar-se uma pandemia, por causa do excesso de horas de sedentarismo aliado ao consumo repetido de açúcares e gorduras.
Ninguém parece muito preocupado com o ritmo frenético em que vivem as classes médias e baixas. Aliado a baixos rendimentos e à necessidade de compensar tudo isso com pequenos prazeres de boca. Isto para não referirmos os anseios de possuir aquilo que aos seus olhos são sinais de riqueza e bem-estar.
As pessoas são o que são por causa da vida que levam. É muito bem pensante falar de exercício físico, mas para a maior parte o exercício que fazem é já muito (acordar, tomar banho, fazer camas, arrumar algumas coisas, ir para as diversas paragens, etc.). Quanto a alimentação: comida decente custa os olhos da cara (as empresas não fornecem comida aos seus funcionários e o subsídio de refeição que pagam é ridículo), mas claro que é politicamente correcto falar-se de alimentação saudável.
Tão saudável que cada vez mais ser gordo é sinal de pobreza e ser elegante é sinal de riqueza. O século vinte conseguiu inverter os papéis, sim, senhor.
Os EUA e o Reino Unido aparecem nas tabelas como os países onde há mais obesos, mesmo entre crianças e adolescentes. Portugal e Espanha já figuram em lugar honroso. Sinal de desenvolvimento? Ou apenas imitação de maneiras de viver decalcadas de séries e outro telelixo? (Não é preciso ver TV, basta conviver com quem a vê e consome revistas e sítios onde os assuntos, os ideais e maneiras de estar se assemelham.)
O mais importante, pensamos, é cuidar das ansiedades e anseios que afligem as crianças e adolescentes - os grupos com que se identificam; as imagens que constroem do que é in ou bué de fixe. Ora não temos visto ninguém preocupado com isso. Mais facilmente se diz que a culpa da obesidade é dos hamburgueres, das batatas fritas e de estar muito tempo em frente da TV.
Ainda vamos assistir ao aparecimento de leis que proíbem a compra de X quantidade de carne, açúcar e mais. Os ships, os cartões e o avanço tecnológico tornarão esse controlo muito simples.
A indústria do entretenimento fornece material em quantidade suficiente para ocupar o corpo e o espírito, mas... a saúde queixa-se. É que, segundo se diz, a obesidade pode vir a tornar-se uma pandemia, por causa do excesso de horas de sedentarismo aliado ao consumo repetido de açúcares e gorduras.
Ninguém parece muito preocupado com o ritmo frenético em que vivem as classes médias e baixas. Aliado a baixos rendimentos e à necessidade de compensar tudo isso com pequenos prazeres de boca. Isto para não referirmos os anseios de possuir aquilo que aos seus olhos são sinais de riqueza e bem-estar.
As pessoas são o que são por causa da vida que levam. É muito bem pensante falar de exercício físico, mas para a maior parte o exercício que fazem é já muito (acordar, tomar banho, fazer camas, arrumar algumas coisas, ir para as diversas paragens, etc.). Quanto a alimentação: comida decente custa os olhos da cara (as empresas não fornecem comida aos seus funcionários e o subsídio de refeição que pagam é ridículo), mas claro que é politicamente correcto falar-se de alimentação saudável.
Tão saudável que cada vez mais ser gordo é sinal de pobreza e ser elegante é sinal de riqueza. O século vinte conseguiu inverter os papéis, sim, senhor.
Os EUA e o Reino Unido aparecem nas tabelas como os países onde há mais obesos, mesmo entre crianças e adolescentes. Portugal e Espanha já figuram em lugar honroso. Sinal de desenvolvimento? Ou apenas imitação de maneiras de viver decalcadas de séries e outro telelixo? (Não é preciso ver TV, basta conviver com quem a vê e consome revistas e sítios onde os assuntos, os ideais e maneiras de estar se assemelham.)
O mais importante, pensamos, é cuidar das ansiedades e anseios que afligem as crianças e adolescentes - os grupos com que se identificam; as imagens que constroem do que é in ou bué de fixe. Ora não temos visto ninguém preocupado com isso. Mais facilmente se diz que a culpa da obesidade é dos hamburgueres, das batatas fritas e de estar muito tempo em frente da TV.
Ainda vamos assistir ao aparecimento de leis que proíbem a compra de X quantidade de carne, açúcar e mais. Os ships, os cartões e o avanço tecnológico tornarão esse controlo muito simples.
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