08 maio 2008

Os americanos são tão nossos amigos 4

Quem não deve não teme, diz-se. Porque será que os americanos querem controlar os estudos? Terão medo que se façam descobertas explosivas? Estarão a tentar ganhar tempo para se verem livres delas? Aqui ficam transcrições do Diário Insular:

Entidades independentes garantem que “os norte-americanos, tendencialmente, protelam a implementação de acções de limpeza nas bases no estrangeiro, mas são céleres na limpeza dos locais existentes no seu território”. (DI, 6 Maio 08)

Centenas de toneladas de lamas químicas foram depositadas pelos norte-americanos no solo da ilha Terceira entre os anos cinquenta e meados dos anos noventa do século passado – confirmam registos da Base das Lajes a que tivemos acesso.
Trata-se de lamas compostas por hidrocarbonetos, metais pesados e água, que resultam da lavagem dos tanques de combustível que os EUA mantêm na ilha Terceira. Conhecem-se também depósitos de aditivos de chumbo. (DI, 6 Maio 08)

Decidido pela autarquia da Praia e pago pelo Governo Regional
EUA impõem condições a investigação do LNEC

Os Estados Unidos impuseram, ontem, condições à aceitação dos resultados do estudo para apurar a contaminação no Concelho da Praia da Vitória encomendado pela autarquia ao LNEC -Laboratório Nacional de Engenharia Civil, na sequência da revelação de estudos norte-americanos que provam a contaminação de solos, aquíferos suspensos e do aquífero principal da ilha. “No que respeita à aceitação dos resultados definitivos, ficou condicionado a o LNEC apresentar a lista de técnicos a enquadrar no estudo”, revelou o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, depois de ter recebido, ontem à tarde, a cônsul dos EUA nos Açores. (DI, 7 Maio 08)

O presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) recusa qualquer condicionamento por parte das autoridades norte-americanas ao estudo que a entidade venha a realizar sobre a contaminação dos solos e dos aquíferos em redor da Base das Lajes e das tubagens e tanques de combustíveis que operaram naquele concelho. Carlos Matias Ramos recusa também prestar quaisquer provas junto das autoridades norte-americanas relativamente à competência e à credibilidade do LNEC e dos seus técnicos. (DI, 8 Maio 08)

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