Há 140 e 65 milhões de anos, os azhdarquídeos, que fazem parte do grupo de pterossauros gigantes, caçavam as presas em terra firme, baixando o bico para as apanhar, e estavam bem apetrechados para essa vida terrestre. Este grupo específico de pterossauros, sem dentes, encontrava-se distribuído por toda a Terra, durante o período do Cretáceo.
Conhecem-se nove espécies de azhdarquídeos, umas muito grandes, outras nem tanto. O Hatzegopteryx era a maior, com os seus exemplares a atingirem três metros de altura até ao ombro, um bico de dois metros e uma envergadura de asas de 10 a 12 metros. rivalizava mesmo com qualquer girafa em termos de altura. Outro distinto representante dos azhdarquídeos, o Quetzalcoatlus, não ficava muito atrás, com cerca de dez metros de envergadura de asas.
Voavam, tal como os outros pterossauros, só que também se sentiam bastante confortáveis cá em baixo. A sua anatomia bastante bizarra não ajudava muito os paleontólogos a perceber qual era a forma de vida destes pterossauros. Tinham pescoços muito compridos e rígidos, crânios enormes e patas longas. Apesar de serem autênticas avionetas pré-históricas, as asas eram proporcionalmente curtas.
Originalmente, os azhdarquídeos foram descritos como necrófagos (tipo abutres), depois disse-se que escarafunchavam a lama, enfiando os longos bicos no chão à procura de presas. Mais tarde, sugeriu-se que ganhavam a vida a voar sobre a superfície da água, de onde apanhavam peixe. Afinal, eram caçadores terrestres especializados. Todos os pormenores da sua anatomia e o ambiente em que os fósseis foram encontrados mostram que ganhavam a vida a andar a pé, baixando-se para apanhar animais e outras presas. Os pés pequenos dos azhdarquídeos não eram bons para chapinhar nas margens dos lagos ou para nadar, em caso de aterrarem na água. Mas eram excelentes para se pavonearem a pé. Comeriam pequenos animais e até fruta. Como tinham um crânio com mais de dois metros de comprimento, eram capazes de comer dinossauros do tamanho de uma raposa. Pesariam cerca de 250 quilos.
Gostamos de pterossauros.
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