Tinha 56 anos. Morreu ontem, em Lisboa, o jornalista e crítico literário Torcato Sepúlveda. Marcou a crítica literária e mudou a forma de fazer jornalismo cultural em Portugal — foi o primeiro editor da secção de Cultura, do “Público”, jornal de que foi um dos fundadores.
Nascido em Braga, era filho de professores primários. Frequentou o curso de Filologia Românica na Universidade de Coimbra e, entre 1971 e 1974, viveu exilado em Bruxelas, onde foi operário. No regresso a Portugal, trabalhou no serviço de fronteiras em Vila Real de Santo António, tendo passado daí para o jornal “Expresso” como copydesk. Neste semanário começou a fazer crítica literária, assinando João Macedo — João Torcato Sepúlveda de Macedo era o seu nome completo. Fez traduções sob pseudónimos: Silva de Viseu, Buíça, D. Luís da Cunha. Do “Expresso” saiu para o “Público”, onde editou também a secção de Sociedade antes de partir para integrar a equipa que refundou o “Semanário”. Passou pela “Capital”, por “O Independente” e era actualmente jornalista do “Diário de Notícias” (escrevia para o suplemento de sábado “NS”).
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