A imprensa regional é, de um modo geral, fraca. Falta-lhe garra, capacidade crítica, preparação. Dá a impressão de que a imprensa regional pouco mais faz do que trabalho de corte e costura. Corta o telex (agora informatizado) e cola-o na página do jornal. Às vezes com erros. Mas quando há notícias do dia, mesmo tendo edições online, ninguém dá pelos jornalistas. Ninguém dá pelas notícias. Como se a edição online fosse apenas para constar e poderem dizer que também estão actualizados.
É uma pena que ainda estejamos neste pé. É uma pena que o ritmo dos jornais regionais corra quase só colado ao dos governos e partidos regionais. E se esqueçam que há notícias para dar. Por isso, o Pisca de Gente lança daqui o desafio aos que se estão a formar em cursos de comunicação social: preparem-se para um ritmo editorial desligado do século XIX. Ousem. Leiam. Informem-se. Investiguem. Apurem a curiosidade e a acutilância. Aprendam a ouvir sempre mais do que um lado. Cruzem informações. Organizem bancos de dados. E sobretudo estejam atentos ao que se passa à vossa volta.
Ontem, ao fim do dia, aconteceu uma tragédia na Praia da Vitória e apenas se encontra informação no sítio da RTP Açores.
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