Quase 44% dos professores não teriam feito essa opção profissional, revela um estudo realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP) e apresentado ontem no Porto.
João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores».
«Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código», afirmou.
«Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação», salientou.
O estudo, baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário, revela ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.
Para além disso, mais de 90 por cento manifesta uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.
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